terça-feira, 17 de novembro de 2009

Vida Nua

Questão de uma prova recentemente aplicada aos meus alunos de Direito Penal 1:

7. “O sistema penal a ser conhecido e estudado é uma realidade, e não aquela abstração dedutível das normas jurídicas que o delineiam.” (BATISTA, Nilo. Introdução Crítica ao Direito Penal Brasileiro. 5. Ed. Rio de Janeiro: Revan, 2001, p. 25)

No espaço disponível abaixo, apresente a sua interpretação para a frase acima destacada.

A resposta poderia ser simplesmente a foto abaixo, de uma das celas do Departamento de Polícia Judiciária de Vila Velha/ES, publicada hoje pelo Terra.



8 comentários:

G.D. disse...

Na proxima prova anexa a FOTO junto para potencializar a discussao.

Estou pensando em anexar imagens em avaliacoes, ideia tirada daquele artigo do Moyses em que vai interpretada a imagem de Guantanamo.

Anônimo disse...
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jan disse...

estupidamente real....
furtar-lhe-ei a frase para, possivelmente usá-la como epígrafe... si? :>

Achutti disse...

por favor, Jan! :D

Moysés Neto disse...

vida nua? isso é só teoria.

Gabi disse...

Esses dias, depois da terapia, fiquei pensando sobre idealizações e desidealizações, a diferença que isso traz para o crescimento, aquela coisa toda, e me veio o direito penal na cabeça... pensei sobre a relevância de abrir os olhos para o real e percebi, mais do que nunca, a importância da existência de professores que escancaram sujeitos e coisas que muitas vezes nos parecem invisíveis, mas que não são.
Assim como idealizamos, quase sempre, nossos pais como se eles fossem super-heróis e, com o passar do tempo, percebemos que eles não são nada disso, na faculdade, quando estudamos direito penal pensamos: Bah! ESSE É O CARA! E entre artigos, crimes, penas, ultima ratio e outras expressões que tanto impressionam, nos perdemos e idealizamos um herói que, para os que se permitem enxergar, ainda que tarde, acaba transformado em um POBRE COITADO, especialmente quando nos deparamos com o processo penal...
Enfim, é angustiante esse caminho que existe entre os olhares e a possibilidade de ultrapassar nossas idealizações... é tão mais penoso ser aquele que vê em meio a tantos cegos... E vamos compartilhando do sofrimento da mulher do médico na Cegueira do Saramago: sofremos com aquilo que enxergamos e sofremos por causa daqueles que nada veem.
Bom saber que você continua abrindo a cabeça dos alunos!
Beijo,
Gabi.

Marjorie Bier disse...

Aaaaahhh, a estupidez humana...

Achutti disse...

foda demais...