quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Beach Boys, Los Hermanos, Little Joy ou... ALTER EGO!!

Grande show: Little Joy proporcionou grandes momentos no Opinião, principalmente para aqueles que esperavam por algo entre Los Hermanos e Beach Boys! Afinal, no show dessa noite, sobraram influências pra eles - e, penso, faltou "personalidade": tudo o que eu NÃO OUVI foi a tal Little Joy: muito mais parecia uma espécie de incursão nostálgica em torno de Beach Boys do que uma banda com (em princípio) nome e estilo próprios... na verdade, apesar de "bonzinho", achei bastante limitado o show... esperava MUITO mais, uma vez que no palco estava Rodrigo Amarante e toda a sua genialidade musical...!

Depois do Opinião, por sugestão do Mox, fomos para o Art&Bar - um boteco bem interessante onde, além de ceva gelada, sempre dá pra curtir um som legal! E lá, digamos que algo "salvou a noite": a banda Alter Ego mostrou um som original (apesar da clássica formação vocal-guitarras-baixo-bateria), que simplesmente colocou o show anterior da Little Joy no seu devido lugar: se é para criar alguma coisa, então que seja algo realmente bom, sem essas inspiraçõezinhas californianas manjadas dos anos 60-70 - algo do tipo "those pretty summer songs" - que me pareceram estar (BEM) presentes no show da Little Joy... foi um bom show, claro, não dá pra negar que gostei - mas admito que esperava algo MUITO melhor...

domingo, 18 de janeiro de 2009

Lombroso, criminologias e afins...

Ahhh se eles conhecessem os julgados de 2009 que saem por estas bandas!!! Iam ficar "orgulhosos" das nossas decisões e do nosso eugenismo camuflado sob a (sempre) racional justificativa de "aplicar a lei", "combater o crime" ou o caralho...!!

Qualquer semelhança NÃO É mera coincidência:

"Lombroso put criminal anthropology on the map in Italy, and there it stayed for decades, perpetuated (with modifications) by second and third generation followers such as Enrico Ferri, Raffaele Garofalo, Alfredo Niceforo, Salvatore Ottlenghi, and Scopio Sighele. Several of these criminal anthropologists joined Mussolini's party, thus yoking criminal anthropology to Fascism." (p. 300)

"(...) Mussolini's hopes for improving the Italian 'race' were built into the Rocco Code of penal reforms enacted in 1930 in the form of enhanced sentences for those who exibited a 'tendency to commit crime' (...)." (p. 301)

RAFTER, Nicole. Criminology's Darkest Hour: Biocriminology in Nazi Germany. In: "The Australian and New Zealand Journal of Criminology". Vol. 41, n. 2, 2008, pp. 287-306.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Sobre anos novos, promessas e sonhos...

Todo ano novo é aquela coisa: um monte de promessas de mudança, de renovação, de esperança, etc. Mas, no dia 2 de janeiro, tudo volta a acontecer como no ano anterior, como se a noite de 31 de dezembro e o feriado de 1º de janeiro fossem dias suspensos no tempo, em que o mundo deixa de ser real e passa a ser apenas uma bola habitada por pessoas banhadas por magia e ansiosas por tomar alguns porres...
Entra ano, sai ano, e estamos sempre a ouvir as mesmas queixas, as mesmas dores, as mesmas promessas: é tão difícil assim mudar alguma coisa concretamente? É tanta gente reclamando SEMPRE da MESMA COISA, que me coloco a questionar se eu também não acabo reclamando sempre das mesmas coisas...! Sim, pois diante da minha surpresa de pessoas que SEMPRE reclamam disso e daquilo (aliás, tenho evitado algumas pessoas ultimamente, dada a previsibilidade da conversa e da certeza do aborrecimento de ouvir sempre a mesma coisa), fico ainda mais preocupado em saber do que EU ando reclamando, pra ver se não estou a repetir essa gente toda...
Mas o pior é que essas coisas estão, quase sempre, ao alcance dessas pessoas: na ESMAGADORA maioria dos casos, é sempre algo que pode ser mudado com uma simples palavra, um simples email ou ofício, uma atitude mais enérgica ou a superação de alguns medos! Mas, todos os dias, lá estão elas de novo, trazendo a mesma pergunta de sempre, a mesma inquietação do ano retrasado, e o mesmo quadro patético sobre uma situação que está, invariavelmente, ao seu dispor...
Enfim... resta-nos pensar se aquilo que questionamos e que gostaríamos de mudar não está, de fato, ao nosso alcance: pensar sobre nós mesmos em uma perspectiva crítica é sempre difícil - e, não raro, doloroso. Talvez seja por isso que inicio este ano tentando mudar as mesmas coisas do ano passado...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Retomando então...

Depois de 15 dias na companhia de ilustres personalidades, estamos de volta à vida regrada e enfadonhamente previsível do cotidiano... vamos ver no que vai dar...

Por enquanto, uma dica de leitura: "Quinta-Coluna - 101 crônicas", de Contardo Calligaris (SP: Publifolha, 2008). Imperdível!